domingo, 6 de março de 2011

Tributo a Pra. Carminda

De todas as postagens de nosso blog até hoje, esta foi para mim a mais difícil de escrever. Acho que sou bem resolvido, mas irmãos, é triste ter que escrever de alguém que amamos tanto e partiu para a Eternidade.
Foi por isso que pedi aos obreiros da intercessão para me ajudarem nessa postagem. O texto abaixo foi escrito pelo Obreiro Edmilson, um fiel escudeiro do ministério da Pra. Carminda e um amigo pessoal.
A nossa alegria é que iremos encontrá-la na glória, e concerteza com um sorriso mais lindo do que tinha aqui na Terra.
Deus chamou... só nos resta aceitar, mas com certeza deixou marcas de saudades para todo o Ministério da IBCA.


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Tributo a Pra. Carminda




Saudamos a todos os irmãos (as) com beijos e abraços fraternos e a paz do Senhor Jesus, que extrapola a todo o entendimento.

Dirijo-mo-nos a vocês, queridos (as), com a alma repleta de gratidão pelas manifestações de solidariedade que recebemos neste espaço, o qual se configurou numa âncora após tomar conhecimento do aneurisma que acometera nossa tão amada Pra. Carminda, cuja existência significou enxergar a manifestação do amor de Cristo nesta caminhada terrena

Esta, a quem o Senhor Jesus deu-nos o privilégio do convívio e intimidade, e que, como mãe, gerou muitos filhos em amor e com dores de parto guiou-os às veredas da Verdade, partiu de nossa convivência e foi ao encontro do autor e consumador de sua inabalável fé. Ela, agora, é sensorialidade pura, cuja percepção dá um salto que ainda não experimentamos, qual seja, aproximar-se do indescritível, daquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem coração humano jamais alcançou ou discerniu, e que o Deus de amor tem reservado para os que o amam.

Em meio a enorme perplexidade que se apoderou de todos que amavam essa mulher extraordinária, cuja alegria residia em ser reconhecida como a mais humilde, a menor entre as menores que ao Senhor da Glória entregou a vida, enxergo sua partida - que a nós se mostra prematura - como um salto dimensional resultante de uma vocação celestial que, nesta existência, compreendeu dar à luz filhos, educá-los, dedicar-se ao lar, aos amigos, compadecer-se dos que se insurgiam como adversários, experimentar todas as dores e alegrias que sua vida poderia conter, e, sobretudo, entregar-se tão visceralmente ao Evangelho a ponto de levar, em seu próprio corpo, as marcas de Cristo.
Hoje sepultamos o corpo desta querida que marcou, de maneira tão especial, a vida de tanta gente......

Estimamos que havia, aproximadamente, oitocentas pessoas, grande parte compelida a prestar uma última homenagem àquela que contribuiu para a restauração da saúde emocional e espiritual de incontáveis vidas; alguém que experimentou a fome e calamidades familiares, no entanto, jamais permitiu adoecer a alma, ao contrário, a nutriu de misericórdia e bondade à medida que acolhia e cuidava de muitos.

Em meio à tristeza, um jovem abraçou uma de suas filhas e bradou, comovido, que ele e seu irmão foram acolhidos em sua casa e lá receberam carinho, alimento e roupas, mas, sobretudo, a certeza de que foram abençoados com uma segunda mãe. Seus próprios irmãos reconhecem que a afeição fraternal que residia em seu coração transcendia os limites da consangüinidade, pois, em consonância com o exemplo de Jesus, sublimava os vínculos parentais sob a convicção de que nossa mãe, pai e irmãos são os que fazem à vontade do Pai Eterno.

Ainda assim a família era uma porção irremediavelmente fundamental em sua vida. Por ela, renunciou aos estudos e trabalhou arduamente para assistí-la em todas as necessidades. De outro lado, não fez dessa missão um casulo, mas estendeu o braço amigo a vizinhos, desconhecidos, conhecidos, aos que reconhecia mesmo não tendo travado relação de natureza alguma; enfim, dilatou a alma para o exercício do amor.

Jamais imaginamos que num sepultamento poderia haver poesia, alegria, contentamento pela trajetória de uma serva de Deus que se constrangia pela possibilidade de assentar-se nas primeiras cadeiras de um templo. Quando o cortejo iniciou, os cadetes carregavam o caixão e uma multidão caminhava após, à frente, por todos os lados. Surpreendentemente um trovão aterrador ressoou nos céus e, quando depositado seu corpo em terra, uma tímida garoa começou a cair. Era como se os céus, ironicamente, admoestasse nossa infantilidade-afetivo-espiritual dizendo: "Por que vos entristeceis?

Saibam que aqui em cima a alegria é grande pela chegada de minha serva."

Quanto amor ao Ministério de Intercessão de sua querida Igreja IBCA, contudo, jamais he escapou o entendimento de que esta não se confundia com uma confraria, pelo contrário, ainda que o exercício de sua fé compreende-se o vínculo institucional como possibilidade de experiência comunitária à prática do amor, discernia Igreja (Eclesia) em seu inescapável sentido etimológico (Chamados para fora), conceito que a fez, de modo inequívoco, participante da Ordem de Melquisedeque.
Somos gratos a Ti, Senhor do Universo, pelo privilégio de nos tornar amigo, filho, companheiro, e até mesmo confidente de um ser humano separado deste mundo por Ti.
Obrigado!, obrigado! e obrigado!, Pai, pela revelação de Cristo Jesus na vida de tua serva, a qual será capaz, finalmente, de beijar-te, adorando-te na altíssima dimensionalidade que jamais O conteve para a profunda intimidade que a fez desfrutar, e que, através dos "gemidos inexprimíveis" do Teu Santo Espírito, pode declarar (e agora pelos séculos dos séculos): Santo, Santo, Santo é o Senhor!
Vai, filha, mãe, serva, esposa, irmã, avó, amiga, Pastora (foram tantos os papéis que desempenhou...), tocar a Eternidade! O Pai a põe liberta dos vínculos e cuidados desta existêcia, para desfrutar da coroa incorruptível que Ele mesmo prometeu, pela qual perseverou reconhecendo ser indigna de qualquer favor Celestial.

Um comentário:

  1. QUE LEGAL MUITO ETERNA SAUDADES MUITISSIMA EU NEM SEI COMO ME EXPRESSAR AS LAGRIMAS LEMBRANÇAS QUE NAO VOLTA MAIS.MAIS ASSIM APROUVEA DEUS COLHER SUA ROSA PORQUE SE ALEGRA NA MORTE DOS SANTOS

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"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se enver­gonhar, que maneja bem a palavra da verdade" 2TM2;15